domingo, 24 de fevereiro de 2013

Inconstantes palavras...

Senti vontade escrever
Com rimas, sentimentos e até complicações
Palavras vazias não fazem meu tipo
São palavras ao vento, não trazem emoções.

Tento dar rumo ao que escrevo
Para que assim descreva o que sinto
Mas se disser que consigo, minto.

Viu? Já me prolonguei e nada consegui dizer
Ou pode ser que tenha dito tudo
Sem ao menos perceber...

Insisto ou desisto?

Já persisti tando no ato de lhe querer
Mas tô de saco cheio de querer e nunca ter
Se você quer também
Então porque não vem?

Facilita pra nós dois
Imagine as coisas boas que podem acontecer depois?
Te juro que basta um passo seu
O resto do caminho te juro que faria com os meus.

Mas mesmo sabendo de tudo isso
Você nunca vem
Mesmo sabendo que em suas mãos me tem

E eu, sabendo de tudo isso
Por que insisto?
Por que não desisto?

Errada sou eu
Por querer que você seja meu
Por saber que você não quer que eu seja sua
E todas as noites te imaginar olhando a lua...

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Amanha, quem sabe?

Não foi antes
Hoje não é
Mas e amanha, quem sabe? 
Numa nova manhã posso achar a minha metade... 

De certa forma, nosso destino é vagar
Procurando a tal pessoa que vá nos completar
Isso as vezes chega a doer
Porque achamos pessoas que não eram pra ser

Mas fazer o que? 
A vida é assim
Quebrar a cara pra aprender o que é ruim
Mas aprender não significa que não vamos mais errar
Se o erro se repetir, e aí? Azar.

O que não se pode fazer é deixar de acreditar 
Que num amanha próximo ou não 
A vida pode nos trazer um coração
Que o nosso venha a completar. 


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Acabaram as reticências

Acabaram aqueles malditos três pontos
Que prolongam os contos
Que iludem os tontos!

Chega de deixar no ar
Chega de esperar
Chega de imaginar.

Tem histórias que não valem a pena serem levadas a frente
Se já fizeram tanto mal ao coração
Pra quê carregar na mente?

O ponto final teve que ser usado
Cansa só ser decepcionado
Passar o tempo parado
Acho que até me alivia o fato de ter terminado.


Nunca estamos preparados

Como lidar com a perda?
Nunca estamos preparados
E quando essas perdas são repentinas
Vemos nosso coração ser depredado

Aconteceu comigo ontem
Num dia aparentemente normal
Eu nunca esperaria por uma noticia igual

Não aparentou nada
Tão pouco deu sinal
Mas aquele grande coração já estava mal...

Parece que só ele sabia
E que se tratou de guardar
A dor que outrora viria a lhe apunhalar...

Já era noite e o telefone tocou
Notícia amargurada foi a que me acordou
Entrei em desespero, não quis acreditar
Que um dos anjos que tinha em minha vida 
Com Deus tinha ido morar

Me faltou chão, me faltou força
Sabe a banca de forte que botava essa moça?
Caiu, que nem todas as lágrimas derramadas
Realmente não havia o que fazer
A notícia foi confirmada

Ainda não quero acreditar 
Que não mais ouvir sua voz
Nem que sua alegria não está mais entre nós

Por mais que a morte seja uma certeza
Jamais estaremos preparados
Quando se trata de ausência 
O pra sempre é muito complicado

O único jeito que achei de desabafar
Foi escrever sobre
Já que me faltam forças pra falar
A cada palavra, uma lembrança e uma lágrima a mais
Não era só mais alguém
Pra mim era quase um pai

Preferi evitar vê-lo sem um sorriso no rosto
Quero guardar a lembrança daquele riso gostoso
Porque por mais que doa, ainda tenho a esperança
De quem em uma nova aurora poderei te abraçar de novo...



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Tempo, tempo, tempo...

Já te fiz tantos pedidos
Que levasse a dor pra longe
Que trouxesse mais sorrisos

Sinto que as vezes tenho te perdido
Mas por que não me carrega?
Teria o tempo me esquecido?

Já me curou tantas vezes
Outras tantas machucou
Já o julguei como ruim
Quando pessoas me tirou...

E por mais que as vezes incomode
Tô aprendendo a te compreender
Graças a você, tempo
O "hoje" eu pude viver

Até o tempo tem seu tempo
Pra passar, pra ficar
Pra trazer sorrisos
E pra fazer chorar.

Certo alguém errado

Sabe o "certo alguém"? 
Então, o meu foi errado
Não um alguém errado
Um "certo alguém errado"

Foi que nem os meus fones de ouvidos
Que com a música me fazem um bem danado
Mas todos os dias me enchem a paciência de tão embolados... 

Não poderia ser mais simples?
Descomplicado?
Por que tem sempre que querer o contrário 
E nunca querer ser contrariado?

Bate uma vontade de desistir, deixar de lado
Que nem os velhos livros, na estante guardados
Já li todos, mas não me desfaço
Abraços tantos, mas nenhum como os dos teus braços.



E se?

Tantas vezes me deitei imaginando se teria sido
Como teria sido
E o que teria acontecido

Mas que sono sacana
Já tô aqui na cama
E por que ele não vem?

Não tô na lanterna dos afogados
E ainda assim tô te esperando
Me perguntando "E se?"
Me perguntando "E quando?"

Ah, que agonia dá pensar no que pode acontecer
Não sei nem do que pode acontecer comigo
Imagine com você... Ou com nós.

Eu deveria ter feito? 
Ou está bom assim?
O tempo passa, me corrói que nem traça
E você nem aí.

Certa da Incerteza

Parece algo sem sentido
Mas talvez realmente seja
Não me apego a definições
Pois de nenhuma delas tenho certeza

Mas se já me peguei a esse conceito

De não crer no que não é me parece certo 
Tenho em vista que me contradigo
Em acreditar no "longe" ou no "perto"

Pode não fazer sentido

Mas pra mim faz diferença
Se longe me parece o que está a minha presença
Sendo assim o que está perto está sujeito a minha ausência?

Questões, complicações e nada solucionado

A certeza me parece impossível
Como cruzar o oceano a nado...